quinta-feira, 8 de março de 2012

Campo de Paleontologia

13 Dias (oficialmente). 6 de viagem e 7 de campo. Na verdade 12 dias. Há tanto pra se dizer e tanto pra esconder. Esconder sim, pois há coisas que simplesmente são impossíveis de serem postas em palavras, e como tal, passam a ser um segredo pessoal.



Foram 12 dias de tédio (há que se tomar cuidado com isso), dor nas pernas, e muita cantoria. Tivemos a criação do bloco do sacolão, torneios disputados de sueca, amizades desfeitas pelo uno, discussões acaloradas sobre idealismos (Foda-se o socialismo, sou burguês de coração), vodka, red bull, stella, piscina, os melhores café da manhã que um homem poderia querer (como ovo mexido, sucos, torrada, salsicha, linguiça, torradas...) peixinhos petrificados, Sol, Sol, Sol, araras (e marcas), e por aí vai.



Há tantas coisas pra se falar que acabo por formar pensamentos pra logo em seguida perdê-los com novos que invadem a minha cabeça querendo serem passados para esse post. Bom, vou começar pela parte séria: ralamos. Procurar ostracodes e conchostráceos num lamaçal é tenso. Fósseis maiores (peixes, insetos...) são mais recompensadores, mas uma mina de calcário sob Sol forte não deixa essa tarefa ser fácil. Foi ruim? Jamais. Pois digo, faria tudo de novo, contanto que mantivesse os 20 e tantos litros de água que meu grupo levou. A tenda do Roberto (Beto rojão pra galera) também seria muito útil. Além disso fizemos visitas  a museus de altíssimo nível (e miss de igual valor).



Agora a zueira. Como falei antes, a viagem até o Ceará, durou 3 dias. A viagem foi feita no sacolé, o ônibus com ar-condicionado. Não foi tão legal quanto a viagem de volta, do Piauí, que foi feita no sacolão, sem ar-condicionado. Pra falar a verdade o ar-condicionado não contou tanto assim. O sacolão tinha uma vibe muito melhor, tanto que marcou a fundação do bloco do sacolão, sem contar as poltronas mais confortáveis que renderam boas horas de sono. Entretanto, o sacolé teve seus méritos com as partidas de uno (só faltou dar porrada) e ótima discussão sobre segurança pública, capitalismo, socialismo e dorgas. Acho que quebramos um recorde de palavrões (comecei a ficar rouco aqui).



Essa viagem teve tantos acontecimentos... MMA de rua com direito a sangue, cantoria em bar (palmas para o Hugo, Jann e Fred pela iniciativa). Na segunda vez viramos notícia: http://www.saoraimundo.com/noticias/coberturas.php?n_id=14083 (juro que não estava bêbado na última foto). Tivemos churrasco interrompido convertido em festa na piscina, ônibus quebrando na volta, meu óculos sendo detonado (nunca o confie a pessoas alcoolizadas). Provei o podrão mais delicioso da minha vida. Foram os 9 reais mais bem gastos da viagem, e quanto queijo havia...



Tenho que ressaltar uma coisa. Bati o recorde de velocidade da trilha da Serra da Capivara. Não só eu como o Jann, o Fred e o Rafael. No dia, acabamos por ficar pra trás, na pousada. E como a van passou a 100 km/h ficamos na sobra. Teve táxi, pseudo-perseguição, experiência de quase morte e por fim a trilha que fizemos á jato (sem deixar de aproveitar) pra chegar até o resto da turma. Valeu cada segundo (e cada centavo).



Os parágrafos passam, mas a euforia não. Foi uma viagem excepcional. É apenas a minha segunda viagem de campo pela faculdade, mas posso dizer que cada vez mais sinto vontade em aprender mais sobre geologia. É outro nível aprender na prática. É isso pessoal. VALEU PIAUÍ!!!


Um comentário:

  1. Faltou falar que me serviu muito bem de travesseiro!! E que conheceu a pessoa mais linda e legal de td a sua vida: EU! hahahahhaaa...

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