terça-feira, 22 de março de 2011

Boate aos 18

O título do post diz tudo. Hoje completei meus 18 anos. A idade tão almejada pelos jovens. Significado de liberdade e autonomia... mas só pra novelas. Na verdade nos iludimos ao longo da nossa vida achando que aos 18 anos portões mágicos irão se abrir e caminharemos para nossa liberdade podendo ir e vir como quisermos e fazermos o que der na telha. Doce ilusão. A única coisa que muda de verdade é o fato de que se você fizer alguma merda tomará uma surra da policía e será preso.

Para comemorar essa mítica idade fui com minha namorada para uma das melhores boates do Rio de Janeiro, o Club Six localizado na Lapa, local famoso por abrigar boa parte da vida noturna carioca. Chegamos a meia-noite para evitar qualquer problema (leia-se não ser barrado e assim evitar um puta mico). Ao entrar já dava pra escutar a música vindo do segundo andar. A six tem 3 andares, cada um com um tipo de música. No primeiro andar, apesar de apresentar música ao vivo, é mais voltado para o consumo de aperitivos e bebidas. O segundo e terceiro andares são voltados para a bagunça.

Fomos direto para o segundo andar que apresentava música house (adoro música eletrônica) e que mais tarde tocaria funk. Pausa. Odeio funk, porém eu danço funk. Contraditório? Sim. Apesar de não concordar nem um pouco com as letras dos funks atuais, coisas como: "Senta, senta, senta, senta, senta..." ; "Só pentada violenta..." (O que será que significa isso?) ; "Mama meu ganso..." ; "Vou pro baile sem calsinha..."(Porra essa é coisa de puta!) e outras mais que abordam qualquer tipo de mensagem que apoie a propagação de Aids, sífilis, gonorréia entre outros tipos de doenças sexualemente transmissíveis. Porém, não posso desmerecer o fato de que a batida do funk é altamente contagiante e faz a pessoa querer dançar. Por isso, na hora que estou dançando consigo ignorar a letra. Prosseguindo... O segundo andar estava bombando. Havia muita gente. E quando eu digo "muita" é muita mesmo. O andar estava abarrotado e tava difícil até mesmo chegar na pista de dança. Conseguimos encontrar um espaço e isso trouxe um problema. As pessoas insistiam em se locomover com copos de bebida na mão. Se já seria difícil equilibrar um copo cheio por um local apertado você estando sóbrio, imagine fazer isso estando embriagado. Resultado: corpo cheirando a cerva.

Falar em bebida nos leva a outros acontecimentos da noite. Uma borboleta sob efeito de álcool esvoaçava e espalhava sua purpurina aos sete ventos quando esbarrou com esse tipo de pessoa:

O figura tomou as mesmas atitudes que o Felipe Neto descreveu. Igualzinho. Putz! Ele queria confusão com a borboleta que estava alcolizada e provavelmente ia terminar a noite num beco com a boca da rosa ardendo sem lembrar de nada. E mesmo a menina que dançava com borboleta tentando apartar o cara empurrou a menina e queria ir pra cima. Como a borboleta não esboçou nenhuma reação e o cara saiu. Mas ele passou um tempo olhando a borboleta de longe pra arrumar um motivo para começar uma confusão. Felizmente não conseguiu nenhuma.

Outro fato interessante foram os pinguços. Nenhuma novidade, óbvio. Mas alguns merecem ser mencionados, como um que veio tropeçando em todo mundo e quase rachou o crânio numa mesa de ferro. Ou o figura no qual pisei-lhe o pé e ele se jogou em cima de mim enquanto a namorada ria. Ou mesmo uma loira que se empolgou e começou a se sacudir frenéticamente, considerando que eram 5h30 da manhã e a boate já estava bem vazia. Ou a mulher que agarrou o segurança e tascou-lhe um beijo. O mesmo não se fez de regrado e retribuiu (dá-lhe segurança!). Ou mesmo um cara completamente bêbado que encoxou um outro homem. Nota: esse outro homem estava dançando abraçado a uma mulher, provável namorada.

Como falei anteriormente o funk de hoje em dia só fala em putaria e isso se confirmou no evento mais bizarro da noite. A boate tinha mais homens que mulheres. Isso sempre dá em algum tipo de merda. Em um determinado momento uma mulher começou a dançar com dois caras, um abraçado pela frente e outro abraçando-a por trás. Nada muito ortodoxo, mas aceitável. O rapaz de trás a estava encoxando com as mãos na cintura. O da frente estava beijando o pescoço da moça e passando a mão na ................................................ (escolha o que mais lhe aprouver: vagina, buceta, buça, xana, xoxota, perseguida, perequita, xereca, cara da gata, gata dando linguinha, aranha...). ISSO MESMO! O CARA ESTAVA COM MÃO LÁ. NO MEIO DA PISTA DE DANÇA!


LOL!

Fiquei abismado. O trio nem se importava. Na verdade ninguém e importou. Nem mesmo eu. Mas que assustou assustou. Pensava que pra fazer essas coisas tinha que estar no banheiro. Vivendo e aprendendo.

Tirando esses "meros detalhes" a noite foi ótima. Música boa, dj's competentes, ambiente descontraído e muita diversão. Recomendo a boate. É isso gente. Até a próxima.
PS: Desconsiderem o merchan!